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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Os símbolos da Semana Santa


Páscoa é uma data cheia de símbolos. Para a maioria das crianças, a Páscoa é uma festa diretamente relacionada a ovos de chocolate e aos coelhinhos. Os ovos significam vida nova, os coelhos, a fertilidade abundante de vida. E a ceia pascal? A memória da ceia, com o pão repartido e o vinho bebido por todos, remete à fraternidade universal.

A Semana Santa é o ponto culminante de todo o ano litúrgico. Nela são celebrados os acontecimentos mais importantes do Mistério pascal, mais significativos da vida de Cristo: a ceia de despedida, a agonia no jardim das Oliveiras, o caminho do Calvário, a morte salvadora e a ressurreição.

Inicia-se com a recordação da entrada triunfante do Senhor em Jerusalém, domingo de Ramos, continua com a bênção dos Santos óleos e a evocação da instituição do Sacramento do amor, quinta-feira Santa, seguindo-se a celebração do mistério da Cruz, sexta-feira Santa, culminando com a celebração sacramental do batismo e da eucaristia que são o centro da Vigília Pascal e a meta de toda a Quaresma.

De acordo com o diácono da paróquia de Santa Luzia, José Alberto, mais conhecido como o diácono Zequinha, na Semana Santa o tempo de graças é expressado pelas leituras, as orações, os cânticos, além dos sinais e símbolos.

Em entrevista ao portal Nominuto.com, ele explicou o que significa cada dia durante o período da Páscoa.

Nominuto.com - O que a Igreja Católica comemora na quinta-feira? Qual o significado?

Diácono Zequinha – Existem dois momentos na Quinta-feira Santa. O primeiro, pela manhã, o Bispo, acompanhado pelos sacerdotes e fiéis da sua diocese, consagra os diversos óleos que irão ser utilizados nos vários sacramentos em toda a diocese: o óleo dos catecúmenos, para o Batismo; o óleo para a unção dos doentes; o óleo do crisma, para o Batismo, para a confirmação e para as ordenações.

Os óleos simbolizam as características do Espírito de Deus que quer trabalhar em nós pelos quatro sacramentos: batismo, confirmação, unção dos doentes, Ordem. Ao nos aproximarmos da Páscoa benzem-se estes óleos para indicar que todos os sacramentos procedem de Cristo ressuscitado e que a Páscoa é novidade absoluta. Nessa missa, os padres renovam seus compromissos sacerdotais.

Na missa celebrada à tarde, lembramos a instituição da eucaristia, com a missa do Lava Pés.

NM – E o que significa o Lava Pés? 

DZ - Na Eucaristia da tarde da Quinta-feira Santa, imitamos o gesto que Jesus fez na ceia da despedida, dando aos seus discípulos uma lição de serviço por parte daquele que, no grupo, tem a autoridade. “Eu vim para servir, não para ser servido”. E na cruz entregou-se totalmente. Mas antes quis fazer este gesto simbólico, agora repetido pelo Papa, pelos Bispos e pelos párocos nas suas comunidades. Porque eles devem ser sinais vivenciais de Cristo entregue aos outros.

NM- E qual o significado de comer pão e beber vinho? 

DZ - Comer pão e beber vinho com a comunidade é o gesto simbólico central que Cristo nos deixou: repetimo-lo em cada Eucaristia. “Esse pão é o Corpo de Cristo entregue por nós”. Esse vinho é o seu sangue derramado por todos. O Senhor, agora ressuscitado, oferece-os como alimento para o nosso caminho e como sinal da união na comunidade.

Na Semana Santa há dois momentos em que celebramos este mistério com um sentido particular: a Quinta-feira Santa, em que comemoramos a instituição da Eucaristia e na Vigília Pascal, a celebração principal do ano cristão. Com esse duplo gesto simbólico participamos do mesmo Cristo, fazendo memória da sua morte e ressurreição.

NM – E o que se comemora na Sexta-feira Santa? 

DZ - Na Sexta-feira Santa, depois de escutarmos o relato da paixão, fazemos um gesto muito significativo: perante a apresentação da Cruz, aclamamos e aproximamo-nos pessoalmente para adorar como sinal da nossa gratidão pelo que Jesus fez por nós entregando-se à morte de cruz, reconciliando-nos assim com Deus.

Por isso que as imagens dos santos são retiradas das Igrejas ou cobertas por um pano roxo, cor que significa penitência, fraqueza. Na Sexta-feira Santa devemos olhar apenas para a cruz, para Jesus Crucificado. Não se celebra a eucaristia, porque eucaristia é festa, e nesse momento, tudo se volta para o sofrimento de Jesus, por isso não celebramos missas, mas sim a Paixão de Cristo.

Fazemos a celebração da Paixão, adoração da Cruz e distribuição da comunhão, onde as hóstias foram consagradas no dia anterior.

É o dia das penitencias, dia de jejum, devemos evitar comer alimentos que nos dão prazer, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, nem o vinho é consumido durante a missa.

NM – E o sábado? 

DZ – O Sábado é o dia da Vigília Pascal, é a noite do Aleluia, da luz. É a noite onde Jesus acabou com toda a treva, é a noite da ressurreição, do aleluia. Por isso que acendemos velas.

“O domingo é o Dia do Senhor por excelência, dia de alegria, onde as missas já são celebradas normalmente, com cantos e instrumentos musicais, após três dias de silêncio”, conclui o diácono Zequinha.





Fonte: Nominuto.com

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